quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Bastidores do Cinema de graça!!! (Na Net)
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Perito em mentes humanas?
domingo, 1 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
Presidente do Avaí recebe o livro "Mistérios em Floripa", de Rodrigo Capella
domingo, 25 de outubro de 2009
Bastidores do Podcast Virando a Página, com dicas de livros
domingo, 11 de outubro de 2009
Podcast Virando a Página
Abs, Rodrigo Capella.
domingo, 9 de agosto de 2009
Mensagem de Portugal (sobre o lançamento virtual):
Rodrigo
Estive a ouvir o lançamento do seu livro aqui de Lisboa, Portugal.
Parabéns. Ideia muito engraçada. O video e o som estavam excelentes.
Abraços e boa sorte,
Fernando Vasconcelos (fmhv)
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quarta-feira, 15 de julho de 2009
Rodrigo Capella prepara lançamento virtual
São elas: “@ntologia online” (reúne textos dos escritores que participam da comunidade do Orkut “Dicas para publicar um livro”, criada por Capella); “Loucuras de um escritor” (traz textos sobre a viagem do escritor a Europa); e “Dicas para escrever, publicar e vender um livro” (com cinquenta orientações para quem quer entrar no mercado editorial).
O lançamento virtual será no dia 04 de agosto, das 18h30 às 20h00, com chat, power point e vídeo, no endereço http://www.ustream.tv/clubedeautores
domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
Livro traça perfil ideal do assessor de imprensa
Essas são as principais conclusões do livro Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia (Clube de Autores, 157 páginas, R$ 30,35), de Rodrigo Capella.
Coordenado pela professora-doutora Marli dos Santos, o livro, que é resultado de uma tese homônima que o jornalista apresentou na PUC-SP em sua pós-graduação, traz um estudo, embasado em pesquisas e entrevistas com relações públicas, jornalistas, assessores de imprensa e estudiosos de comunicação, tais como Bernardo Kucinski, Inácio Araújo, Lauro Jardim, Luiz Zanin Oricchio, Manoel Carlos Chaparro, Nelson Blecher e Paulo Nassar, entre outros.
“Ainda continua atual a discussão que esta importante obra do Rodrigo Capella propõe: os limites no relacionamento entre assessores de imprensa e jornalistas. O autor aborda a fundo o tema: pesquisou a literatura disponível e foi a campo. Munido de gravador e muitas perguntas, ele travou contatos com experientes colegas de redação e de assessorias de imprensa, além de estudiosos sobre o assunto, para investigar até quando o trabalho de um pode ajudar no de outro, sem ultrapassar os limites éticos”, assinala Marli dos Santos,
“Neste livro, o autor revela, por exemplo, que algumas barreiras foram superadas, mas ainda há um bom caminho a percorrer, com a profissionalização e o respeito entre colegas. A contribuição de Assessor de imprensa: fonte qualificada para uma boa notícia é justamente mostrar que jornalistas de redação e de assessoria devem transpor a barreira do balcão e caminhar lado a lado em favor da notícia e do interesse da sociedade”, finaliza Marli.
Ficha Técnica:
Título: Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia
Autor: Rodrigo Capella
Editora: Clube de Autores
Número de páginas: 157
Preço: R$ 30,35
Peso: 523 gramas
Edição: 1 (2009)
Acabamento da capa: Papel supremo 250g/m², 4x0, laminação fosca ou brilho.
Acabamento do miolo: Papel offset 75g/m², 1x1, cadernos fresados e colados.
Formato: Médio (140x210mm), brochura sem orelhas.
Para comprar, acesse: http://clubedeautores.com.br/book/1281--Assessor_de_Imprensa
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Poesias Bovinas Inéditas
Parte I:
Parte II:
quarta-feira, 29 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Novidades sobre a adaptação do meu livro "Transroca, o navio proibido" para os cinemas
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Flores, flores.....olha as flores
terça-feira, 21 de abril de 2009
Créuuuuuu - A reprodução das tartarugas
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Qual o tamanho dos seus ovos?
sexta-feira, 17 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Rimar, por quê?
coitado do poeta,
que por qualquer razão,
quer ligar, rimar, juntar.
Clique aqui e leia a continuação deste poema
terça-feira, 14 de abril de 2009
Algumas do Twitter
Pantera Cor de Rosa: diretor não quer lançar sequência. Os fãs agradecem. Os dois primeiros decepcionaram muito.
Ator pornô japonês inspira idosos. Detalhe: ele tem 75 anos. Haja disposição!!
Clique aqui para ler mais
domingo, 5 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Tirando dúvida do leitor
Robson Serradilha me enviou a seguinte questão: “olá, acredito que devas receber esse tipo de e-mail todos os dias, mas presciso de dois minutos de sua atenção. Há muito tempo, venho construindo uma história em minha cabeça e sonho em escrevê-la, mas ainda me falta técnica. Gostaria de uma ajuda para começar a história. Tenho a dificuldade de escrever o tal do esqueleto do livro, que alias é do gênero romance aventura, com contos do tipo senhor dos anéis. Espero uma resposta positiva e obrigado”.
Caro Robson, vou dar algumas dicas, mas antes proponho um exercício: comece a descrever uma cena qualquer em detalhes, algo de seu cotidiano. Um exemplo: o que a sua casa tem de diferente? O que você gosta de fazer nela? Você tem animais de estimação, costuma brincar com eles em casa? Escreva sobre isso. Depois, repita esse exercício descrevendo uma cena que está ocorrendo na rua. Para isso, converse com as pessoas, faça pequenas entrevistas e vá em frente: coloque tudo no papel. Pronto, agora você já pode começar a escrever o livro.
Mas, antes de pensar na história, reserve uma parte do seu tempo para fazer uma ampla pesquisa, todos os dias, sem pressa. É preciso ter disciplina e dedicação total. Tranque a porta de seu quarto, não atenda o telefone, não brinque no computador. Pense apenas em ler e absorver conteúdo. É preciso ter muito conhecimento, antes de iniciar uma obra.
Depois de concluir essa fase, escreva sem a pretensão de concluir a obra, escreva com motivação e entusiasmo. Esqueça o tal esqueleto e escreva simplesmente por escrever. Comece descrevendo uma cena, tal como você fez nos dois exercícios. Depois, apresente o personagem principal, descreva as características dele. Deixe a coisa fluir, deixe o personagem conduzir a história.Concentre-se, tenha calma e vá em frente! Nunca se desespere.
terça-feira, 31 de março de 2009
Mistérios em Floripa
sexta-feira, 27 de março de 2009
Meu computador pifou!
Posso admitir, com toda a certeza, que a tecnologia me domina e me confere um certo status de dependência. Esta semana, meu computador pifou e fiquei sem atualizar, com frequência, meu blog, fotolog, myspace, facebook, Blip.fm, orkut e (a onda do momento).... Twitter. Nossa! Eu diria há meses atrás.
Mas, agora não recito. Essas tecnologias, para mim, são básicas como o pão. Se como, é porque gosto do sabor. E olha que sempre comi muito delas. Mas, a falta do contato com a tecnologia nos permite interpretações, muitas sadias: por que dependo do computador? Vivo sem ele?
E se ele morrer? Pensamento puro de paternidade, mas sábio! Sábio até certo ponto: consigo produzir sem o teclado? Comunico-me sem MSN? Envio carta e não e-mail? Caramba! Pois, é. E assim, na dúvida cretina, caminha a humanidade.
(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta, roteirista e palestrante. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br
segunda-feira, 23 de março de 2009
Capítulo 01 - A morte de Leleco
Por Rodrigo Capella*
Floripa é sempre uma cidade calma, calma até demais. Com pitadas de interior e boa qualidade de vida, parece resistir aos progressos e à globalização. Essa é a sensação mais comum que se tem ao retornar à ilha ou ao visitá-la pela primeira vez. Tudo – ou quase tudo – parece parar no tempo. E isso é realmente muito bom: belas mulheres, paissgens únicas, linda praias e tudo muito perto. Por que mudar quando se tem tudo?
A pergunta já é uma resposta, simples, mas interrompe qualquer objeção. Até porque a coisa não é tão parada assim: para deleite, a cidade tem uma coisa agitada: lá a bola realmente rola e é disputada. Mas, isso só ocorre mesmo quando os dois principais times da cidade (Avaí e Figueirense) protagonizam jogos decisivos – para ser mais exato: em final de Campeonato Catarinense.
Quem não se lembra as vezes em que isto ocorreu? Foram várias, com resultados mais diveros e inesplicáveis. E hoje as diversas camisas e bandeiras azuis, brancas e pretas denunciavam: a rivalidade iria decidir mais um campeonato. No primeiro jogo, deu empate. Quem vencesse este, se consagraria Campeão Catarinense de 2020.
Os dois times estavam completos e a torcida acompanharia os principais craques deste ano. Os atacantes Leleco e Thomas, do Avaí, e os zagueiros Idelbrand e Maicom, do Figueira. Imperdível!Na véspera do clássico, o técnico do Figueira, Edmundo Tavares, destacou: “precisamos parar Leleco. Quero dois jogadores na marcação dele. Façam qualquer coisa para parar este jogador. Caso contrário, perderemos o jogo. Estou avisando”.
Agora, dentro do ônibus a caminho da Resacada, Tavares relembrou: “vamos com força. Parem Leleco. Façam qualquer coisa, mas ele não pode fazer gols. No último jogo, demos sorte com o empate. Mas, agora é no campo dos caras”.O veículo estaciona, perto do vestiário, e os jogares do Figueira entram na Resacada. Poucos minutos depois, é a vez do Avaí levar seus jogadores ao Estádio. Como o time havia treinado um dia antes, não havia motivos para chegar mais cedo.
No aquecimento, Nonato Neves, técnico do Avaí, repassava algumas jogadas ensaiadas: “Matheus, se pocisione à esquerda e toque rapidamente para o Marcilio, que conduzirá até o meio da área e tocará para o Leleco abrir o placar. Precisamos desta jogada o mais rápido possível”.
Antes dos jogadores iniciarem a tradicional oração, Neves pontuou: “Fiquem de olho no Leleco, não deixem que ele sofrer uma entrada dura ou qualquer outro tipo de coisa durante o jogo. Conto com vocês. Vamos lá time!!!”.
Poucos minutos depois, Avaí e Figueira entram em campo. Após a tradicional foto, com todos os jogadores e cartolas do time, as equipes iniciam o trabalho com bola. Leleco está motivado, como nunca. Contratado junto ao Marcílio Dias, pequeno time do Estado, o atacante tinha como objetivo chegar à Seleção Brasileira. Parecia muito, mas o jovem tinha realmente talento e muito potencial. Defender o time canarinho era, portanto, questão de tempo.
O apito inicia a partida e a bola, rapidamente, é lançada, conforme Neves pedira, para a estrela do jogo, Leleco. Com muita habilidade, dibla o goleiro e...... ouve um barulho, algo muito próximo e estranho. Rapidamente, coloca a mão no peito, vê sangue e desmaia dentro do gol adversário. A bola não chega a entrar.
Mas, afinal, o que aconteceu? A grande revelação do Avai acabara de levar um tiro direto no coração, sem chance de suspiros e de vida. Por que matariam Leleco? Quem realmente iria lucrar com a morte deste notável jogador?
(CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO)
(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Mais infos: www.rodrigocapella.com.br
sexta-feira, 20 de março de 2009
Como publicar um livro?
Por Rodrigo Capella*
Já, em uma prestadora de serviço, o autor arca com todos os custos da publicação. Quais as vantagens? Uma prestadora de serviço entrega uma considerável quantidade de livros para o autor, sem que ele precise implorar. Já uma editora comercial consegue colocar o livro, com mais facilidade, nas livrarias e tem uma boa distribuição.
Pense bem e escolha para qual editora você quer enviar os originais. Sempre é bom destacar que uma editora comercial somente patrocina um livro se ele se encaixa na seguinte proposta: vende, dá prestígio e aumenta a credibilidade da editora. Por isso, antes de submeter um livro á avaliação de uma editora, questione se ele realmente se enquadra no que acabei de expor. Se sim, envie os originais. Se não, reescreva o livro. É melhor ele ser reescrito agora do que você perder bastante tempo e dinheiro enviando originais que nunca serão lidos ou publicados. A maioria dos livros são recusados por uma editora comercial porque apresentam, principalmente, falta de qualidade literária e desacordo com a linha de publicações sustentada pela editora. Então, pense nisso! Se o seu livro é de poesia, envie para uma editora que publique esse tipo de livro.
Parece óbvio, mas muitos autores costumam errar. Quando você enviar seus originais a uma editora, prepare uma boa apresentação do livro, discorrendo detalhadamente sobre a proposta dele e apresentando argumentações. Prepare também um currículo, contando sobre as suas experiências profissionais. Imprima seu livro em folhas brancas e que proporcione boa visualização. Junte todo esse material, coloque em um envelope e envie. Não é necessário preparar um layout diferenciado. Apenas digite o texto no programa word, letra Times New Roman fonte 12. Evite cores exóticas, dando preferência ao preto. Não prepare ilustrações ou sugestões de capa.
A editora não valoriza esse tipo de trabalho e poderá, ainda, ficar irritada ao receber vários desenhos junto com o livro. Também não perca tempo escrevendo a orelha ou a contracapa; isso é tarefa da editora. Não esqueça: faça uma bela revisão no seu texto e ainda contrate um bom revisor. Quanto menos erros o original tiver, maior será a chance dele ser publicado. Coloque seus dados pessoais (nome, telefone e endereço) na primeira página do livro para que a editora possa entrar em contato, enviando uma carta com a mensagem “infelizmente, a sua obra não se encaixa com a proposta da editora” ou telefonando para dar o “sinal verde”.
Vale, ainda, uma observação final: caso sua obra seja escolhida, atente-se ao contrato de edição. Por exemplo, nele é definido quanto tempo a editora tem para publicar o livro e quanto você ganhará por preço de capa, normalmente 10%. Discuta tudo o que estiver escrito, não esqueça de nada. Dessa forma, você evita surpresas e experiências desagradáveis. Agora, se você acabou de escrever um livro e se sente um pouco confuso.
Prepare-se para ler as sábias palavras de Érico Veríssimo: “em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso: não era bem isto o que queria dizer”. Saiba, portanto, que esse sentimento é perfeitamente comum e não tenha pressa em preparar um bom material para enviar a editora. Ah! Só faço um pedido: não esqueça de me convidar para o lançamento do seu livro.
(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e palestrante. Autor de vários livros, entre eles "Transroca, o navio proibido", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br
quarta-feira, 18 de março de 2009
Qual a vantagem dos blogs?
A Internet é uma ferramenta que ajuda os poetas a lutarem contra um grande complô que existe contra a poesia. Um jovem escritor vai à uma editora com os originais do livro e logo escuta do editor: “meu rapaz, desista, poesia não vende. Eu não vou publicar isso”. Percebe-se, então, que “poesia não vende” já virou jargão no mercado editorial. Ainda tem mais: os poucos livros de poesia que chegam às livrarias ficam escondidos em estantes e o público não os encontra. Se não encontra, não compra. O ciclo volta para a editora, que diz: “poesia não vende”. Fora isso o poeta se esconde muito na gaveta, tem medo de conversar com o público. A Internet, o ajuda a se expressar e ter mais contato com os leitores. Desta forma, os blogs, hoje em dia, são fundamentais para espalhar ideias, pensamentos e atitudes literárias. Com a Internet, o autor tende, a todo custo, lutar contra o complô. E mais: tem um espaço ilimitado. Afinal, o verdadeiro poeta é aquele que escreve com prazer, que lê bastante e, principalmente, tem um blog, atualizado diariamente. Esse é o princípio básico de todo poeta. É assim que ele pode reverter o cenário alarmante que temos: os brasileiros lêem pouco!! Blogs, Flogs, e Sites podem, então, ser instrumentos para educar. Afinal, essas ferramentas tornam a leitura mais alegre, reflexiva e interessante. Para quem tem preguiça de ler, o blog, flog e os sites são uma opção muito saudável. Eles têm interatividade, ótimo conteúdo e informações cotidianas que levam qualquer pessoa a uma reflexão sobre a importância da vida e da poesia. Em suma, quem tem acesso a essas ferramentas, certamente será uma pessoa mais comunicativa e de bem com a vida. Quer apostar?
(*) Rodrigo Capella é escritor, palestrante e poeta. Autor de vários livros, entre eles "Enigmas e Passaportes", que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br
domingo, 15 de março de 2009
Mistérios em Floripa
quarta-feira, 11 de março de 2009
A Cabana
domingo, 8 de março de 2009
Desintoxicação se faz preciso – e como!
Por Rodrigo Capella*
Esqueça, por um momento, todas as tradições indianas e tente não se influenciar com a novela “Caminho das Índias” (TV Globo). Esta coluna convida você a conhecer uma outra Índia – totalmente diferente daquela a que você está acostumado a ver. Por isso, uma desintoxicação se faz preciso – e como!
Tente também não prejulgar e não comparar os elementos que serão apresentados aqui – deixe isso por conta do autor da coluna. Mas, atenção: abra sua mente e deixa-a livre para assimilar e armazenar informações modernas, como as trazidas, por exemplo, no livro “Sua resposta vale um milhão”, o primeiro do indiano Vilkas Swarup.
Nesta bela obra, traduzida para 37 países antes mesmo da premiação no Oscar – melhor roteiro adaptado -, é narrada a história de um indiano pobre que se consagra ao responder perguntas de um programa televisivo. O diferencial do livro está justamente na condução da história de Swarup: o jovem indiano viaja por cidades e protagoniza momentos – bons e ruins -, que o ajudam e muito a responder as questões.
Já no filme “Quem não quer ser um milionário?”, baseado no livro sob a direção de Danny Boyle, a miséria e pobreza mostradas na obra impressa são acentuadas, com cenas que retratam o cotiano das pessoas que habitam favelas. A opção é justificada: o direto inglês sempre gostou de causar polêmicas e de aumentar algumas delas. É dele, por exemplo, o filme “Trainspotting” (1996), que narra a vida de um grupo viciado em heroína. Durante o lançamento do longa, Boyle foi acusado de promover o sua das drogas e foi recriminado por autoriadades, incluindo o então senador Bob Dole.
O fato é que as palavras e atitudes adversárias não abalaram Boyle. Em “Quem não quer ser um milionário?”, alguns outros aspectos são destacados, como a violência. Ganha mais importância, por exemplo, o fato de adultos maltratarem algumas crianças, feriando-as, já que as deficientes tinham mais chance de obter esmola nas ruas. O personagem principal – o jovem indiano – poderia ter este fim, mas foi salvo a tempo pelo irmão.
Ao optar por uma abordagem como esta, Boyle faz de “Quem não quer ser um milionário?” um filme sobre destino, destacando que o jovem estava predestinado ao sucesso, enquanto o livro de Swarup foca em sorte e consequência, ou seja, o fato do protagonista saber as respostas foi um mero acaso. Afinal, o rapaz não é culto e só armazenou o conhecimento necessário para triunfar porque vivenciou cada uma das respostas.
Há outros elementos que também estão em choque: na obra impressa, por exemplo, trechos da guerra entre Índia e Palestina são mostrados com uma certa riqueza. Já no filme, eles simplesmente não aparecem. Abordagem diferenciada ou falta de dinheiro para narrar este aspecto no filme? Difícil de se dizer, mas de Boyle pode-se esperar tudo. Nada do que ele faz é inconsciente ou prematuro, tudo tem um porque e merece ser respeitado.
Afinal, Boyle dirigu nada menos do que “Sunshine” (2007), longa que prevê o desaparecimento do Sol em 2057 e o fim de toda uma humanindade. A última esperança é uma nave especial que tem uma bomba atômica e poderá revitalizar o Sol. Alguém quer embarcar? Eu não recomendo!
(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta, jornalista e palestrante. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Mais informações: www.rodrigocapella.com.br
domingo, 1 de março de 2009
Portal Terra sorteia Rir ou Chorar
Leia uma história do livro:
No filme O Cangaceiro, o ator Paulo Gorgulho se desentendeu com o diretor Anibal Massaini Neto. O motivo: o sol estava quente, as roupas que o elenco usava era pesada e o desgaste da equipe estava grande. Um produtor do filme foi conversar com o Paulo e lembrou o que havia acontecido com Willian Hurt e Hector Babenco nas filmagens de O beijo da mulher aranha: Babenco e Hurt haviam se desentendido, mas voltaram atrás e filmaram. Resultado: Hurt ganhou o Oscar de melhor ator pelo filme. Ao ouvir essa história, Paulo voltou atrás e filmou.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Como publicar um livro?
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Dicas para escrever um livro
Por Rodrigo Capella*
Durante todos esses anos, a humanidade vem cultivando a idéia de que o homem precisa plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. A árvore você já deve ter plantado na escola, durante o primário, quando as “tias” (leia-se professoras) levavam os alunos ao jardim e lá davam as orientações de como colocar a semente na terra. O filho deve estar agora ao seu lado, jogando vídeo game ou brincando com o cachorro, que provavelmente se chama Rex ou Bob. Mas e o livro?
Antes de pegar o lápis e uma folha de papel, determine o público que você pretende atingir. Ele é normalmente dividido, pelas editoras, em infantil, juvenil e adulto. Reflita e não tenha pressa para fazer a escolha adequada. Uma decisão mal tomada no início do processo pode compromoter todo o resto do trabalho.
Os grandes autores de nossa literatura sempre tiveram a preocupação de direcionar as suas obras. Monteiro Lobato, por exemplo, escreveu vários textos para crianças. Já Pedro Bandeira soube, como ninguém, atingir os adolescentes ao criar os Karas, grupo de jovens que investigam mistérios e estão presentes em vários livros do autor.
Depois de definir o público, a próxima etapa é encontrar uma idéia diferente, algo que ainda não exista em nossa literatura. Pode ser um personagem ousado, como fez Machado de Assis ao nos apresentar um narrador-morto em Memórias Póstumas de Brás Cubas; um tema surpreendente, seguindo o exemplo de Marcelo Rubens Paiva ao narrar o próprio acidente em Feliz Ano Velho; ou ainda uma linguagem diferenciada, tal como eu fiz em Como mimar seu cão, um dos primeiros livros a tratar o assunto canino por uma ótica humorística e fantástica.
Como ter uma boa idéia? Olhe ao seu redor, observe os pássaros e perca alguns minutos estudando o jardim. Ela pode estar mais próxima do que você imagina. Que tal escrever sobre o Dia Mundial do Livro, comemorado em 23 de abril? Essa pode ser uma grande idéia.
Num próximo passo, você precisa definir o gênero do livro. Pode ser romance, conto, crônica, poesia e biografia, entre outros. O romance é constituído, normalmente, por um texto longo, dividido em capítulos. O principal representante brasileiro é o já citado Machado de Assis, que nos presenteou com ótimas obras, como Dom Casmurro e Quincas Borba.
Já a crônica e a poesia são compostas por textos curtos. A primeira, muito bem explorada por Carlos Heitor Cony, analisa o cotidiano. A Segunda, imortalizada nas mãos de Drumond de Andrade, procura demonstrar sentimentos, normalmente, através de rimas. Mostrando-se, então, muito diferente da biografia, que narra acontecimentos e feitos de uma pessoa. Ruy Castro, com sua linguagem particular, consegue facilmente encantar os leitores interessados em personagens a la Carmem Miranda.
Após definirmos o gênero, público e idéia, chegou a hora de estabelecermos uma linguagem adequada para ser utilizada na obra. Isso é fundamental para uma boa leitura do livro e também para garantir um volume de vendas considerável. O Código Da Vinci, por exemplo, só fez sucesso porque apresentou um texto apropriado para o público alvo.
Antes de elaborar uma linguagem, pense no leitor e questione se ele vai entender o que está escrito. Crianças gostam de palavras fáceis e textos curtos, adolescentes têm necessidades de conhecer textos provocadores e com palavras novas, e adultos, na maioria da vezes, preferem textos mais rebuscados.
Pronto! Agora você está preparado para escrever as primeiras linhas. Consulte sempre um dicionário, formule frases explicativas para guiar o leitor e não esqueça de descrever bem os personagens, destacando as características marcantes, como uma cicatriz ou um cabelo azul.
Quando terminar a obra, leia e releia o texto, sem pressa. Veja se o conteúdo dele interessa ao leitor, questione mais uma vez se o público vai entender o que está escrito. Se a resposta for negativa, tranque o material numa gaveta e comece do zero. É melhor errar agora do que receber várias negativas e a obra não ser publicada.
(*) Rodrigo Capella é escritor, poeta e jornalista. Autor de vários livros, entre eles “Enigmas e Passaportes”, “Transroca, o navio proibido” e “Como mimar seu cão”. Dúvidas e sugestões: contato@rodrigocapella.com.br / www.rodrigocapella.com.br